MOVIMENTO

Sopro é um movimento de pessoas cristãs católicas preocupadas em Criar Pontes, Acolher e Compreender pessoas na diversidade da sua afetividade, “evitando [...] qualquer sinal de discriminação injusta” (CIC 2358), reconhecendo a experiência cristã de cada pessoa.

O nome Sopro surgiu da inspiração do primeiro sopro de Deus, o “ruah” que, como num beijo, fez do pó corpo amado  (Génesis 2,7); invoca a revelação do Deus que habita a história humana, movendo cada coração como uma “brisa suave” (1 Reis 19,12); invoca a comunhão que experimentaram os apóstolos e as multidões, naquele Pentecostes, onde o mesmo Espírito a todos inspirava, cada um na sua própria língua (Actos 2,6),  a construir “uma Igreja de proximidade, de compaixão e ternura” (sic Papa Francisco, Discurso de abertura do sínodo, 9 de Outubro de 2021), uma casa aberta onde todas as pessoas têm lugar.

MISSÃO

Propomo-nos, através de diálogo, formação, informação, acolhimento e integração, fomentar um ambiente de respeito e aceitação para com pessoas LGBT+, famílias e amigos, nas comunidades cristãs católicas.

VISÃO

Ansiamos por um futuro onde a Igreja Católica em Portugal seja verdadeira comunidade, lugar de aceitação,  acolhimento e participação de todas as pessoas, independentemente da sua identidade e da sua afetividade.

VALORES

Animamo-nos pelos princípios da Inclusão, da Compaixão, da Sensibilidade, do Respeito e do Conhecimento para que desmitifiquem o preconceito associado à diferença e consigamos construir um caminho de comunhão.

HISTÓRIA

O Sopro teve origem numa vontade de construir pontes entre as margens da Igreja e da comunidade de cristãos católicos que expressam uma diversidade afetiva.

Em 2020, iniciámos este percurso com o objetivo inicial de marcar presença na Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, acolhendo peregrinos pertencentes à comunidade LGBT+ e proporcionando uma oportunidade de representação coletiva na JMJ. Com o passar do tempo, percebemos a necessidade premente de fazer mais em relação ao acolhimento, integração e aceitação destes cristãos na Igreja Católica Portuguesa. Este novo objetivo tornou-se mais desafiante e sedento de apoio. Das quatro pessoas que iniciaram o movimento, rapidamente juntaram-se cerca de 20, formando um plano de atividades que incluía encontros trimestrais orientados para a missão deste movimento, divulgação de orações comunitárias, partilha de testemunhos e disseminação de notícias sobre a temática LGBT+ na Igreja Católica em Portugal e no mundo.Com o tempo, a atenção dividiu-se, mas a vontade de construir com a Igreja permaneceu. Antes da JMJ, o grupo dividiu-se entre aqueles que desejavam mais e os que ainda não estavam prontos. Assim, surgiu um grupo independente do Sopro, que prosseguiu com o primeiro objetivo do movimento, enquanto outra parte permaneceu, dedicada a criar pontes e lançar redes onde se pensava já não haver peixe.

Passados estes anos, a nossa Missão, Visão e Valores mantêm-se firmes, com o foco em olhar para a Igreja com os olhos de Jesus, uma Igreja em caminho, com a qual caminhamos como construtores do Reino de Deus. No entanto, não esquecemos aqueles que não partiram ao mesmo tempo, os que se sentem na outra margem - a margem de uma comunidade de cristãos católicos batizados que se sente circunscrita à sua vertente afetiva, pela simples razão de nos esquecermos da vertente que realmente importa - a humana. Queremos então construir uma Igreja mais humana e mais centrada na pessoa e não no dogma, no Amor e não na lei, em Jesus vivo e ressuscitado no coração de cada pessoa, qualquer que seja a sua orientação. Temos, por isso, objetivos concretos que gostaríamos de aplicar a médio e longo prazo.

ATUALMENTE

Temos um grupo de partilha de vida de oração que funciona 100% online para poder chegar a várias pessoas em diferentes zonas de Portugal.

Encontramo-nos mensalmente para celebrar a Eucaristia na paróquia do Hospital de Santa Marta, em Lisboa e na Igreja dos Clérigos, no Porto, com a comunidade local onde rezamos juntos por Cristo, com Cristo e em Cristo.

Realizamos encontros trimestrais, habitualmente em Coimbra, para formação, acolhimento e partilha.

MÉDIO PRAZO

Ambicionamos criar pontes com outros movimentos nacionais e internacionais, que possam ou não estar relacionados com a nossa Missão. Criar relações com paróquias que estejam abertas a fazer caminho connosco como forma de dar um maior apoio no terreno, e de formar comunidades integradas na Igreja viva do dia-a-dia.

Criar um grupo de apoio a pais e famílias que estejam num caminho de acompanhamento de descoberta.

LONGO PRAZO

Tornarmo-nos um movimento oficial da Igreja Católica Portuguesa até a nossa Missão deixar de ser uma questão e, por isso, deixarmos de ser necessários.